Com menta naquele lugar. É bom.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Vermelho cor de sangue - Parte 10

Haviam feito amor na poltrona. Depois de gozar, Carlos se dirigiu ao banheiro para lavar seu pau, e ela na sala, nua, a sua espera. Quando volta, a vê sentada no chão, ainda nua, com os pés dentro da lata de tinta. Brincando com os pés num balde de tinta vermelha. Aquela cena o excitou, e logo foi se sentando atrás da guria, a deixando entre suas pernas. Começou beijando-a no pescoço, a deixando excitada, enquanto as mãos massageavam suas costas, a deixando relaxada. depois levava suas mãos um tanto brutas às coxas suaves descendo até a virilha, apertando a carne macia até sua boceta, tirando da guria depois de rápidos suspiros, um gemido.
Enquanto a mastubava, ela mexia os pequenos pés dentro da lata de tinta, transbordando uma pequena quantidade, conforme o prazer que sentia. Excitado ao ver aqueles pés-vermelho-inquietos levantou-se, pegou um quadro limpo e colocou ao alcance de seus pés. Pôs-se de frente à Constanza, que sentada e com os pés ainda na tinta, agora fazia fazia sexo oral. Carlos agarrava em sua nuca, trazendo a cabeça de Cons para seu corpo, e num instante de dor, tesão e espasmo, Constanza derruba a lata sobre o quadro, e começa a esfregar os pés sobre a tela. Carlos cada vez mais excitado agarra com mais força os cabelos embaraçados da jovem guria, e esta por sua vez movia os pés como numa dança, em que o que regia sua pernas era algo além de sua consciência. Agora com um pouco mais de dor e tesão, consequentemente, Carlos gozava nos seios de Cons, que de olhos fechados, jogava a cabeça para trás e ouvia os gemidos de Carlos, tirando os pés banhados de tinta do quadro até então pintado.


Enquanto Carlos preparava um café fresco e Constanza limpava a casa, ele pensava no futuro. Aquela menina que a pouco era um mistério, um sonho, agora, alí em sua frente, era concreto.
Sentados perto da varanda, olhando a rua e tomando café pela tarde, Carlos olha para sala e sente falta de algo.

- Cadê o quandro que tu fez com os pés?
- Ah ficou horrível... - Responde ela, sem dar muita atenção.
- Cadê ele?
- No lixo.

Carlos olha com raiva para Cons e num tom bem mais alto reprime - Porra, tu é maluca? - E ela sem muito entender, responde perguntando e se indagando ao mesmo tempo - Por que? - Carlos corre até a porta, mas desiste de ir até a lixeira do sobrado, bate violentamente com as mãos na porta e grita - Porra! - não acredita no acontecido.

- Calma amor, não gostei dele... Você gostava dele?
- Porra tu não sabe o que é arte, caralho?
- Olha como você fala comigo!
- Foda-se!
- Porra parece que você prefere o quadro mais do que eu. Tu é viado? - Pergunta Cons um tanto perplexa.
- Ignorante. - Resmunga.
- Enfia no cu então. - Pegando sua bolsa, com os olhos vermelhos, anda até a porta e não olha para trás.

Carlos vê a guria indo embora e não diz nada. Sua raiva é maior que o receio de perdê-la. Dentro de sua cabeça, a xinga com todos os palavrões que conhece. Quase chora, bate, grita de dor e ódio. Respira. Olha para o nada, olha para tudo, e toda vez que não vê o quadro, pensa nele dentro do caminhão de lixo, junto com outros lixos. Comida, brinquedo quebrado, papel rasgado, vidro e plástico, comida estragada. Quase chora, mas não chora. Deita um tanto exausto, vira-se de um lado para o outro, com a cabeça quente. Aos poucos vai ficando mais maleável e adormece. Toda vez que Carlos que tinha algum problema na cabeça, quando podia, dormia, assim acordava e esquecia ou pelo menos já não o abatia tanto assim. Talvez aquilo fizesse mal dalí a algum tempo, mas não se importava. O imediato era esquecer que uma genialidade tinha ido para um lixão qualquer, com tantas outras coisas. Sua obra enfeitando lixo. Lixo dos ricos, lixo dos pobres, lixo de todos, e dos ratos. Seu lixo enfeitando a obra.