Com menta naquele lugar. É bom.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tem que ter uma mulher ou uma causa pra eu me aventurar.


Nascido no Rio grande do sul, na cidade de Santo Ângelo, aos 14 anos já iniciava suas aventuras jornalísticas em Porto Alegre. Aos 18 foi morar no Rio de janeiro, em 1963 suas colunas já incomodava muita gente. Viajou mundo a fora(tanto exilado, como a trabalho).Dentre suas diversas obras, clássicos, muitos clássicos como "A milésima segunda noite"(2005) e "A acrobata pede desculpas e cai"(1966). Criticou, xingou, elogiou, riu e fez rir milhares de leitores brasileiros, por onde passou, seja em O Globo, Jornal do Brasil,O Pasquim, etc.
Faustin Von Wolffenbüttel, o grande Fausto Wolff. Hoje és tido como mito da literatura subjetiva( e "subversiva").
E pensar que tudo começou quando abri o caderno "B" do Jornal do Brasil alguns anos atrás. A partir dalí não comprei outro jornal. Fausto Wolff era o orgasmo de minha leitura matinal. Até cheguei a recortar e colecionar suas colunas, cada uma mais brilhante que a outra. tornou-se meu ídolo literário( no qual me inspirou a fazer jornalismo).
Autor da frase "Tem que ter uma mulher ou uma causa pra eu me aventurar", Fausto deu entrada no hospital no dia 31 de agosto de 2008(meu aniversário), dia que deixava alí encerrada suas entrelinhas. sempre sem perder o humor e a crítica. Nunca escondeu a posição de esquerda. Fausto veio a falecer 5 dias depois no Rio de janeiro, deixando milhares de orfãos de suas magníficas palavras. Assim deixo aqui meu adeus ao nosso querido Fausto...o Wolff é claro.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Cafetina


Quente e amargo, não necessariamente amargo, mas sem açúcar. Não se consegue ver o fundo da xícara. Algumas colheres de açúcar, uma mexidinha, o deixando em redemoinho. Já não tão quente como antes, vou bebendo, tomando meu cafezinho (carioca é claro). Um cigarro para a vaso dilatação e para o tempo passar, relaxo.

Quando percebo, já vejo o fundo da velha xícara, logo uns goles depois (prazerosos até então) e este acaba.

Gostosa, séria, não necessariamente séria, mas fechada. Além dos olhos tristes e azuis, não consigo ver “nada”. Com algumas notas de pouco valor e um pouco de lábia a deixando atiçada e sedutora. Já não me parece tão gostosa, e vou beijando, apalpado seu corpinho de ninfa. Quando já me dou conta, já geme em meus braços como uma chula indefesa. Na cama és fria do corpo quente (não reconheces o talento que tem). Um pouco mais forte, mais intenso e temos o orgasmo (ou talvez só eu tenha tido). O velho cigarro pra relaxar e como o café de algumas horas antes, tudo acaba. Tão rápido, tão mecânico, tão bom.

Tomar um café e tragar um belo cigarro é como transar com uma prostituta. É tão bom quanto. Café e nicotina, combinação perfeita, o que tenho o carinho de chamar de “cafetina”(um tanto irônico). Tamanha semelhança presente na combinação “sexo mais dinheiro”. Combinações nada saudáveis, mas que nos rende um bom passa-tempo e até um bom texto.