Com menta naquele lugar. É bom.

sábado, 20 de junho de 2009

Vermelho cor de sangue - Parte 3

Quando já colocava a chave na porta, olhou para o lado, lembrou passar na padaria, então abriu a porta, subiu as escadas até o segundo andar, abriu a porta suspirando forte, deixou as coisas que havia comprado e desceu.
Comprou queijo, pão, pasta de atum e um bom vinho chileno. Mercearia do seu João, um velho português bigodudo que resmungava e olhava a bunda das jovens meninas do colégio estadual que passavam por alí.
- Deu 53 reais meu filho. - Disse o português com seu sotaque lusitano.
- Aceita cartão? - responde Carlos com uma pergunta, dando tapinhas nos bolsos como se procurasse dinheiro.
- Aqui essas tecnologias ainda não chegaram, meu jovem, ainda bem! Ainda bem!
- Bom, só tenho cinquenta aqui comigo, posso pagar a diferença depois? Aliás, por que "ainda bem"?
- Tecnologia só vem pra complicar as coisas, não é Dona? - Pergunta para a moça que está atrás de Carlos, e continua: - Antigamente não tinha essas coisas de efeito estufa, furacões, ondas gigantes, aquecimento, que a tecnologia trouxe! Antigamente era simples e mais bonito de se viver. - Conclui o velho.
Antes que Carlos respondesse, a menina que estava atrás interfere: -toma aqui Seu João. Dando cinco reais para o velho portugês.
Carlos olha para trás e se depara com a jovem guria que tanto procurava, e três segundos depois que admirava aqueles lábios que tirava seu sono, responde: - Não, não precisa... - E interrompendo a rejeição dele, ela insiste: - Depois a gente se acerta.
- Se for assim, tudo bem. Muito obrigado.
- De nada. - Responde a jovem guria virando para suas compras e deixando Carlos perdido, sem saber onde olhar.
- Primeiro seu João que quem começou esse negócio de efeito estufa foi os seus avós, segundo que fucarão e onda gigante sempre teve, e se hoje em dia você tem conhecimento instantâneo sobre isso é graças a tecnologia, terceiro que a vida é bela! - Conclui Carlos pegando as bolsas de plástico no canto do caixa.
- Tens razão. - Responde Seu João não dando muita bola para Carlos e passando a farinha de trigo da guria pelo caixa.
Carlos sai da padaria bem devagar, alucinado.
- Qual seu nome? - Novamente a voz doce em sua costas.
- Carlos! - Responde sem saber quem pergunta, mas confiante de quem poderia ser.
- Prazer, Constanza!
- Nome diferente, italiano?
- Na verdade eu não sei meus pais nunca me disseram. - Responde a jovem guria em tom jovial.
- Como posso retribuir jovem Cons-tan-za? - Pergunta Carlos brincando com o seu nome.
- Esquece isso, se um dia eu precisar, eu te procuro.
- Enfim, tudo bem, comprei um vinho, se não tiver o que fazer hoje a noite...
-Pode deixar,eu apareço!

2 comentários:

Anônimo disse...

E depoiss ...quero ler o resto

Bruna Fernandes disse...

Constanza =s