Com menta naquele lugar. É bom.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Vermelho Cor de Sangue - Parte 17

Carlos um dia depois de reencontrar sua amada, andando pelo Centro, foi atingido por um carro ao atravessar uma rua, que o deixou estirado ali, em plena Rio Branco com Avenida Chile. Foi levado ao hospital, vivo, sem risco de vida, mas com uma perna quebrada e a outra muito machucada. Com ajuda de enfermeiros, depois de atendido foi levado para casa, onde deveria ficar de repouso até melhorar. Pedro, seu amigo, foi comunicado e imediatamente foi ajudar. no dia seguinte do ocorrido, Constanza sem saber de nada, foi à casa de Carlos o visitar. Quando chegou e viu o estado em que se encontrava, ficou impressionada e abalada. Se dispôs a ajudar, assim dispensando a ajuda de Pedro, que confiou na jovem guria.
Durante as noites de carnaval, Constanza ficou ao lado de Carlos, trocando os curativos, cozinhando, auxiliando no que ele precisava. Nem sempre dormia com ele. Quando dormia, apesar de estar com as pernas fodidas, transavam. Carlos não podia fazer muito esforço, mas sempre arranjavam um jeito menos doloroso para fazer amor. Nas noites que Constanza não dormia com ele, Carlos suava e fumava, passando as vezes a noite em claro, no quarto escuro, sentindo a falta de sua Cons.
Aos poucos, com a recuperação rápida de Carlos, já podia se levantar, andando de muletas, e não precisando tanto da ajuda de Constanza para algumas coisas, como ir ao banheiro, ou até preparar algo para comer. Consequentemente as visitas de Constanza já não eram tão frequentes, e logo suas noites sozinho sempre trazia alguma frustração, pois o carnaval já ia se despedindo, e tudo que queria era não ficar preso em casa no meio de tanta festa. Não que Carlos ligasse para carnaval, mas no fundo se sentia agoniado por estar à parte de todo aquele clima de alegria que reinava em toda sua volta. Na verdade Carlos tinha medo de Constanza se perder naquele carnaval e não mais voltar, medo de seu amor se misturar em toda aquela purpurina e serpentina.

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